Fazendo História

Primeira Estação:

Convido a todos fazer parte deste passeio pela Vida, já que para fazer história é preciso ter passado pela vida e deixado sua marca. Assim, desde filósofos, políticos e mártires até escravos, indígenas e o tocador de tuba no coreto fazem parte desta viagem que quer retratar a cultura costurada durante o tempo dos Homens.
Aproveitem da viagem!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Estágio de Docencia

O processo de conhecimento desenvolvido pelo estágio é de extremo valor para integração do estudante universitário ao sentido de sua prática como docente.

Todas as atividades foram de grande importância neste preparo para o exercício profissional. Pudemos verificar situações que requerem do professor um planejamento prévio de aulas, um trabalho constante de pesquisa e a criação de metodologias que se adaptem sua clientela. Percebemos também a necessidade de nos apropriarmos, com a devida ambientação crítica, das formas de utilização de Tecnologias de Informação e ainda assim, mantermos um contato constante com a realidade atual e direcionada aos interesses juvenis.

Numa interface crítica deste processo, pude perceber a distancia que se mantêm corrente no cotidiano do professor entre a teoria, a legislação e os projetos construtivistas da educação e a realidade vivenciada pelo professor que é cobrado pelo rendimento do conteúdo das apostilas, pelos alunos que não se dispõem a pesquisa e a construção do conhecimento e pela direção da escola no que se trata de procedimentos burocráticos e resultados obtidos, além de inúmeros problemas estruturais da escola e alunos, como falta de equipamentos e locais adequados para utilização de mídias digitais, a displicência dos alunos quanto à entrega e comprometimento com seus trabalhos, assim como a falta de respeito ao professor, que é inclusive destituído de sua autonomia como mestre na aplicação dos conteúdos.

Em face deste cenário, não é de estranhar o dito do senso comum, que afirma ser o professor uma espécie em extinção.

UM MUNDO DE POSSIBILIDADES


FÍSICA QUÂNTICA PARA LEIGOS

Quando ouvimos falar em Física Quântica, logo podemos pensar em algo extraordinariamente científico, do qual somente gênios da matemática têm acesso.

Mas aqui, simplificando este entendimento, vamos tratar de parâmetros filosóficos desta ciência.

A Física Quântica nada mais é que a Teoria das Possibilidades, que pode ser verificada se entendermos que a realidade não é estática, é antes, uma rede de possibilidades que criamos para nossa existência.

Para compreender melhor temos de pesquisar como funciona o cérebro: em poucas palavras e tendo como base os estudos do doutor em quiropraxia, Joe Dispenza, este cientista americano afirma que o cérebro funciona numa rede de estímulos nervosos distribuídos pelo hipotálamo (Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas)¹ aos milhares de neurônios que se conectam de diferentes formas conforme dado estimulo sensorial. Tais conexões neurais são as responsáveis por criar seu próprio espectro da realidade, entretanto se certo estimulo sensorial permanecer freqüente em sua existência, esta conexão neural torna-se permanente, gerando o vício das sensações.

Sendo assim, se você ao sofrer uma decepção, sentir-se derrotado e se a cada novo desafio esquivar-se de uma nova possível decepção, este sentimento de derrota tornar-se-á constante e alimentará o estimulo inconsciente de seus neurônios, fazendo de sua realidade uma síndrome da derrota.

Se, ao contrario, estimular suas conexões neurais à revigoração deste mal estar inicial, isto provocará a quebra da conexão de derrota, fazendo com que seu estímulo sensorial seja outro.

O poder do pensamento e destas conexões neurais é tamanho, que cria nossa realidade dentro de estímulos próprios do ser. Disto, conclui-se que a realidade de nossas vidas não depende de estímulos externos – somos nós mesmos que a criamos.

Pense agora na possibilidade de criar uma nova realidade mais aprazível ao seu ser e estimule-a. Esta transformação não se dará como num passe de mágica, simplesmente por ter o pensamento fixo em algo que desejar, será antes, a possibilidade de criar-se novamente.

Afinal, pergunte-se: Quem sou eu? E quem quero ser? E então estimule seu hipotálamo a recriar-se! Novas portas da consciência e das oportunidades se abrirão diante de seus olhos.

1. http://www.guia.heu.nom.br/hipotalomo.htm

filme: Quem somos nós? Mark Vicente, 2004

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

PROJETO DE LEI PARA O PARLAMENTO ESTUDANTIL


Projeto elaborado pelos alunos do 7º ano do ensino fundamental com a mediação da professora Paula Kenya Machado, da disciplina de História, em 2011, para a apresentação de uma proposta de Lei Cultural que beneficie o público estudantil do município de Mogi das Cruzes. A aluna Ana Julia Aquino foi selecionada para assumir o papel de vereadora juvenil, e para apresentação do projeto, que esteve em votação na Camara dos Vereadores e foi aprovado pelo plenario no dia 18/08/2011.

Mogi das Cruzes, 01 de julho de 2011

PROJETO DE LEI Nº _____ /2011

“Cria o Projeto de desenvolvimento das atividades destinadas à cultura estudantil, com objetivos de despertar a criatividade e habilidades culturais nas crianças e jovens, incentivar a autonomia criativa da cultura estudantil, registrar e reconhecer o valor das produções culturais, despertar o fomento à diversidade cultural e à interação entre os grupos da comunidade estudantil e estimular a ocupação da mente e do tempo livre dos jovens em projetos de educação e cultura.

O Parlamento Estudantil de Mogi das Cruzes decreta:

Art. 1º Fica criado o Projeto de desenvolvimento das atividades destinadas à cultura estudantil dos residentes deste Município, com os seguintes objetivos:

I – despertar a criatividade e habilidades culturais nas crianças e jovens;

II – incentivar a autonomia criativa da cultura estudantil;

III – registrar e reconhecer o valor das produções culturais;

IV – despertar o fomento à diversidade cultural e à interação entre os grupos da comunidade estudantil;

V - estimular a ocupação da mente e do tempo livre dos jovens em projetos de educação e cultura;

VI – desenvolver o senso de cidadania e cultura dos estudantes;

Art. 2º O Programa promoverá a ampliação do número de espaços gratuitos da rede municipal, que possam oferecer uma maior diversidade de atividades culturais aos estudantes do ensino fundamental e médio das redes publicas e particulares deste município.

Art. 3º O Programa promoverá atividades, como descritas a seguir:

I - Cursos de teatro (para o aprendizado de direção, criação e atuação), música, culinária, desenho (aprendizado de diferentes técnicas com variedade de instrumentos), pintura artística (em tela, gesso, madeira, pano), montagens de maquetes, laboratório de ciências biológicas e físicas.

II - Cada curso deverá contar com um responsável pelo ensino e as atividades devem ser disponibilizadas em local apropriado da rede do município, onde serão apresentados os trabalhos dos alunos ao final do curso.

III - Estimular a confecção de projetos culturais nestes espaços, com a seqüente apresentação dos trabalhos à comunidade.

IV - Parágrafo único – A participação no Programa dar-se-á sem prejuízo das atividades de educação formal.

Art. 4º A administração do Projeto promoverá a montagem de uma brinquedoteca com materiais que estimulem a criatividade e o despertar do imaginário lúdico das crianças.

I - Destinar a aplicação das atividades de cursos e a visitação a brinquedoteca a todo publico estudantil das escolas municipais, estaduais e particulares de Mogi das Cruzes, segundo uma previsão de inscrições prévias na administração do projeto de cultura.

Art. 5º Ampliar a divulgação deste projeto nas escolas e espaços sociais do município.

Art. 6º O programa será desenvolvido também em período de férias escolares.

Art. 7º Para implantar o programa, poderá Prefeitura:

I – Utilizar recursos próprios ou celebrar temos de convênio ou cooperação com as iniciativas privadas, obedecidas as exigências legais pertinentes

II – Promover intercambio técnico – cientifico com outras instituições.

Art. 8º Através de seus órgãos competentes, caberá:

I – Definir espaços onde o programa poderá ser desenvolvido;

II – Proporcionar orientação técnico-informativa para o desenvolvimento das ações do Programa.

III – Estabelecer critérios para a seleção dos participantes;

IV – Desenvolver ações educativas e culturais de apoio ao Programa.

Art. 9º – As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotações próprias consignadas no orçamento.

Art. 10º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 11º – Revogam-se as disposições em contrário.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011



EDUCAÇÃO POR UMA FILOSOFIA DE VIDA

A Filosofia nos cabe como arte sensível, interpretativa, especulativa e inconformada, como uma espécie de busca constante por explicações fundamentais para a existência do ser humano neste mundo e em sua sociedade.

Em razão desta característica critica e questionadora é que os filósofos dispoem-se a uma analise das necessidades e da moral em dado contexto social.

Pensando no contexto atual de uma atitude filosófica e critica, gosto de lembrar a contribuição deixada pelo filosofo Olavo de Carvalho em uma palestra ministrada no Rio de Janeiro sobre a Criminalidade em Ascensão nos sistemas democráticos do Ocidente.²

No caso do Brasil, questionou o filosofo que se você tem um amigo com dois problemas sérios: loucura e desemprego, qual destes problemas deveria tratar primeiro? Pois bem, ao mais leigo dos viventes, o problema a ser tratado com mais iminência seria o da loucura (um reflexo da moral social), o que, entretanto não foi relevante à política e aos cientistas sociais do país, que neste caso se propuseram a tratar somente da economia e da carestia social dos brasileiros, sob uma perspectiva intensamente paternalista, o que não contribui em grande parte para a organização moral da sociedade e assim, empregando um antigo provérbio chinês: Não lhe dês peixe, ensina-o a pescar.”, a população carente do Brasil dá graças ao subsídio econômico, mas não se vê educada suficientemente para se dispor a um trabalho que lhe garanta uma autonomia efetiva.

Em se tratando da educação é importante ressaltar outro adendo; a estrutura educacional foi renovada com a democracia neoliberal com a injeção de enormes recursos, que sem dúvida puderam garantir uma melhor qualidade de ensino em todo o país, entretanto a política educacional instituída pelos governos atuais restringe absurdamente a atuação dos docentes, que são na maioria das vezes acusados de má formação, preguiça, desestímulo e assim por diante. Mas como pode trabalhar com integridade o professor que se vê diante de uma demanda estudantil desestruturada moralmente, sem valores culturais e principalmente sem o devido respeito aos mestres?

Desde que o Estado promulgou os programas da Bolsa Família e a Progressão Continua no sistema educacional, os alunos somente submetem-se à rotina escolar a fim de garantir seu subsidio econômico e ainda assim não se comprometem ao estudo, pois de toda maneira serão aprovados, independente de seu aproveitamento escolar. Sabendo disto, pergunta-se: como pode o professor ter autonomia em seu trabalho? Ser valorizado em sua profissão? Ter seu respeito como profissional garantido?

Por fim, vemos que a atitude de pensar já denota a própria Filosofia, pois o homem por sua essência é um ser pensante e, portanto, ao praticar os desígnios da razão este homem pode manter-se livre das amarras de um rebanho inconsciente e dominado.

A Educação é a grande arma contra a dominação, mas será que nossa Democracia está orientada neste intuito? O que seria de nosso país se tivéssemos uma população realmente instruída e preparada para o trabalho e a dignidade social? Certamente teríamos uma nação bem mais exigente e bem menos dependente.

Sapere aude!³ Assim dizia Immanuel Kant estimulando o homem ao "ouse saber" ou "atreva-se a saber", por vezes traduzido como "tenha a coragem de usar o seu próprio entendimento".

Notas:

  1. http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito

2. A Criminalidade em Ascensão: uma Visão Civilizacional - Por Olavo de Carvalho - Palestra proferida na Associação Comercial do Rio de Janeiro em 13 de maio de 2002.

3. KANT, Immanuel. Que é Esclarecimento? In: Textos Seletos. Trad. Floriano de Souza Fernandes. Petrópolis: Editora Vozes, 2008.

Filosofia, arte do pensador



Filosofia, a arte do pensador

Pensar em filosofia normalmente leva ao estudante ou cidadão leigo da sociedade a imaginar uma disciplina confusa, abstrata, desconexa e muitas vezes inútil em sua aplicação à realidade. Mas se nos dispusermos a quebrar tais preconceitos e nos abrirmos aos campos do entendimento, veremos uma infinidade de buscas para a explicação de nossa realidade que se tornam essenciais para o entendimento de nossa existência no mundo.

A Filosofia parte do principio do questionamento da realidade, assim como fazia a maiêutica de Sócrates desde a Antiguidade Clássica. Esta disciplina se pauta justamente na fundamentação da razão de nossas vidas, abrangendo aspectos dos fenômenos naturais, da espiritualidade, das transformações nas estruturas sociais, da metodologia cientifica e do conhecimento, enfim, tenta desvendar a esfera universal das relações humanas sob um patamar de explicações que abarcam desde o concreto até o abstrato destas relações.

Num breve retrospecto a Historia da Filosofia, entre seus autores magistrais, vemos diferentes fases históricas nas quais as buscas de princípios e fundamentos da verdade estiveram presentes segundo as necessidades de conhecimento de cada época.

A Antiguidade trazia a mitologia como principio filosófico, onde o mito (é uma narrativa de caráter simbólico, relacionada a uma dada cultura. O mito procura explicar a realidade, os principais acontecimentos da vida, os fenômenos naturais, as origens do Mundo e do Homem por meio de deuses, semi-deuses e heróis. Ao mito está associado o rito. O rito é o modo de se pôr em ação o mito na vida do homem - em cerimônias, danças, orações e sacrifícios.)¹ tentava transferir aos deuses uma explicação para os fenômenos da natureza e dos homens.

Em seguida o ser humano passou a fazer parte do limiar da razão, quando os pensadores tentavam explicar os fenômenos naturais e humanos através de experimentações racionais e teóricas, dando inicio à fundamentação cientifica. Desde então varias fases do racionalismo teórico foram se desenvolvendo segundo as necessidades das sociedades humanas.

Neste sentido, com o passar das gerações, novas expectativas filosóficas insurgiram, com diferentes metodologias. A Idade Média trazia uma base cultural pautada na Teologia, com explicações metafísicas para a existência da vida na Terra conforme os desígnios da cristandade. Esta forma de pensamento teocêntrico muitas vezes foi usada como meio de coerção social, mas ainda assim não pôde subjugar o poder da ciência e da razão definitivamente, pois na Baixa Idade Média travou-se uma luta feroz de pensadores e cientistas pela autonomia da razão, o que finalmente conseguiu determinar os novos rumos da Filosofia de uma forma laica e empirista a partir da Modernidade. A Era Moderna trouxe além de um racionalismo determinista, também uma abordagem teórica sobre a ética e a moral, já que a sociedade que passava por mais uma transformação de princípios, precisava de novos parâmetros para estruturar o homem racional. Desde então, a filosofia e a própria essência do homem passaram por diversas fases críticas em relação á seus conceitos.

A ciência como forma de razão provável a todos os fenômenos entra em crise sistemática e assim por diante em questões relevantes aos conceitos fundamentais da existência humana, o que possibilita atualmente uma maior disponibilidade ao questionamento e a abertura dos campos para pensamento crítico dos filósofos.