Fazendo História

Primeira Estação:

Convido a todos fazer parte deste passeio pela Vida, já que para fazer história é preciso ter passado pela vida e deixado sua marca. Assim, desde filósofos, políticos e mártires até escravos, indígenas e o tocador de tuba no coreto fazem parte desta viagem que quer retratar a cultura costurada durante o tempo dos Homens.
Aproveitem da viagem!

domingo, 9 de maio de 2010

Filosofia - Educação Formadora de Princípios Éticos Universais



Ao pensar na Educação tendo como função a formação ética e científica dos alunos, procuraremos aqui abordar os diferentes parâmetros sobre a ética durante o longo caminho do desenvolvimento das sociedades e do pensamento humano.

Este trabalho tem como base textual os artigos: Educação em Atenas e Uma Ética Universal, que estão disponíveis no site http:/educaterra.terra.com.br/Voltaire , que trabalham com diferentes contextos e conceitos a respeito do pensamento moral desenvolvidos em épocas distintas: A Antiguidade Clássica e a Época Moderna.

Passaremos agora a esta análise:
Em linhas gerais, vamos aqui estabelecer alguns conceitos desenvolvidos nos textos escolhidos para este estudo. No artigo “Educação em Atenas” podemos verificar a princípio, o contexto histórico no qual se inseria a educação clássica grega, que foi grande responsável por moldar instituições de ensino desde a Antiguidade e durante séculos adiante, em grande parte do Ocidente.

A educação em Atenas, principal cidade-estado grega em tempos clássicos, atingiu seu auge com a implementação do regime democrático e conseqüente surgimento de fundamental participação política da sociedade de direitos civis.

Desde a instalação desta nova forma de governo, a educação passou por transformações em seus métodos didáticos. Em tempos da aristocracia rural e das Guerras do Peloponeso, a educação era pautada sob os ideais mitológicos e de pederastia. A partir da democracia, a educação passa a adotar o método didático de ensino, com mestres e preceptores que usavam a palavra como instrumento essencial para a formação de cidadãos ativos e conscientes que recorriam à retórica e à lógica para as habilidades políticas.

Além da retórica e ética do conhecimento, o corpo não podia ser esquecido. Para complementação a educação, o corpo deveria passar por uma formação estética destinada à guerra e aos esportes. Esta forma de educação, no entanto estava direcionada a um publico específico: a elite.

A intenção dos educadores desta época clássica era a formação do homem-gentil culto e cavalheiresco com habilidades em retórica e nas artes olímpicas de combate.

Dentre os educadores, ou filósofos de então, destacaram-se Sócrates, Platão e Aristóteles, entre muitos outros, que deixaram seu legado a respeito da ética e moral humana que podemos usar como referencial de educação até os dias de hoje.

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O segundo texto abordado neste trabalho – “Uma Ética Universal” – trata de representações da ética e moral social em épocas do Iluminismo europeu. Ética e moral um tanto distorcidas neste momento.Neste contexto histórico, a moral da nobreza se apresenta sem títulos de valores realmente nobres, uma vez que nesta classe estes valores foram submetidos à realização de desejos os mais devassos possíveis.

Temos indícios de corrupção ativa nos órgãos de governo, atitudes de massacres e prostituição, além de uma série de outras ações antiéticas que sem dúvida não podem servir de exemplo para a construção de uma moral universal.

Usando como referencia destes conceitos morais e sociais em épocas contemporâneas, percebemos uma diferença na concepção de valores, pois atualmente mesmo não primando de uma ética exemplar, como a elaborada por Immanuel Kant, em seu imperativo categórico “Aja de tal modo que a máxima de sua ação possa sempre valer como princípio universal de conduta”. Mas ainda assim, a sociedade do último século exige dos governantes e da própria comunidade a primazia de seus direitos e dos comportamentos morais que permitam excelência dos compromissos éticos.

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Neste contexto histórico, a moral da nobreza se apresenta sem títulos de valores realmente nobres, uma vez que nesta classe estes valores foram submetidos à realização de desejos os mais devassos possíveis.

Temos indícios de corrupção ativa nos órgãos de governo, atitudes de massacres e prostituição, além de uma série de outras ações antiéticas que sem dúvida não podem servir de exemplo para a construção de uma moral universal.

Usando como referencia destes conceitos morais e sociais em épocas contemporâneas, percebemos uma diferença na concepção de valores, pois atualmente mesmo não primando de uma ética exemplar, como a elaborada por Immanuel Kant, em seu imperativo categórico “Aja de tal modo que a máxima de sua ação possa sempre valer como princípio universal de conduta”. Mas ainda assim, a sociedade do último século exige dos governantes e da própria comunidade a primazia de seus direitos e dos comportamentos morais que permitam excelência dos compromissos éticos.

Ao indagarmos a razão do estudo da filosofia e da história num contexto geral devemos atentar para a etimologia do vocábulo grego correspondente à verdade: aletheia, que corresponde ao sentido de “desnudar”, porque a verdade consiste em por a nu o que está escondido.

Assim, a vocação do filósofo é o desvelamento do que está encoberto pelo costume, pelo convencional, pelo poder.

Neste último ponto insere-se a perspectiva histórica que trabalha no sentido verificar e entender o processo de transformações sociais intelectivas da humanidade segundo as relações com seu tempo e espaço.

Ao contrário do pensamento corrente, filosofia e história pressupõem uma constante disponibilidade para a indagação.

Por isso, segundo Platão, a primeira virtude do filósofo é admirar-se, ser capaz de se surpreender com o óbvio e questionar o que já existe como verdade. Esta é a condição para problematizar, o que marca a filosofia não como posse da verdade e sim como sua busca.

A respeito da educação grega, podemos dizer que serviu de base para a metodologia de ensino e transposição moral e ética das sociedades ocidentais.

Aos gregos devemos todo um legado de cultura, de estética e filosofia de princípios racionais e universais que usamos como referenciais até hoje, mesmo que diferentemente do que hoje entendemos por virtude, ainda assim o ideal grego correspondia à excelência e à superioridade do homem bom, culto e belo.

O processo histórico da humanidade veio modificar e acrescentar a este ideal grego, diferentes valores atribuídos à esfera social, utilizando-se do importante registro deixado pelos mestres do pensamento clássico que foi decisivo na busca de uma coerência interna dos indivíduos do mundo ocidental europeu.

Historia e Filosofia como disciplina, caminham juntas no sentido moral dos valores humanos. Cada uma com suas perspectivas específicas vêm contribuir para a formação dos educandos segundo parâmetros que buscam o desenvolvimento de uma ética universal para o bem primordial das sociedades. Neste sentido, essas duas ciências não são determinadas pelo conhecimento puro, mas por uma atitude critica sobre os saberes, não impõem verdades, mas pretendem persuadir pelo discurso racional e pelo diálogo entre os indivíduos a fim de promover o conhecimento através do encadeamento de idéias, juízos e raciocínios.

Bibliografia:

http:/educaterra.terra.com.br/voltaire/índex_artigos.htm

Aranha, Maria Lucia de Arruda – FilosofandoIntrodução à filosofia e Temas de filosofia, Ed. Moderna.

Um comentário:

  1. Explique a frase de Kant: “Aja de tal modo que a máxima de sua ação
    possa sempre valer como princípio universal de conduta”

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